Reflexões #01 - Sobre o passado

Photo by Banter Snaps on Unsplash
    Há aproximadamente 5 anos eu escrevia meu último post nesse blog. Obviamente eu não imaginava que aquele seria meu último post, quanto mais que outro dos meus projetos estava sendo deixado de lado. Entrando novamente no blogspot para criar um blog privado, acabei me deparando com todos os meus "projetos" sem conclusão.

    É estranho. Voltar aqui após 5 anos. É como uma janela para meu eu do passado. Mas faz eu me sentir bem, dá um quentinho no peito lembrar da menina que eu era antes. Lendo o que eu escrevi na TAG: The Liebster Award me fez ver o quanto eu mudei e, ao mesmo tempo, não mudei nada.

    Eu continuo falando comigo mesma com uma frequência assustadora. Minha lista de 11 coisas que me fazem sorrir pouco mudou. Mas se eu refizesse a TAG, estaria completamente diferente. Sinto que ganhei uma perspectiva mais obscura da vida.

    Céus, eu me sinto tão emo falando isso. Não tenho nada a reclamar da minha vida, Óbvio que eu ainda reclamo, pois parece ser essa a minha função na vida. Mas vivi tanta coisa nos últimos 5 anos que eu nunca poderia imaginar. Entrei na faculdade, larguei a faculdade, entrei em outra faculdade, tive umas 15 experiências de quase-morte, passei por outras tantas, quase diárias, crises existenciais.

    Queria que a vida fosse simples. Queria ser aquele tipo de pessoa que sempre soube o que queria desde o minuto que nasceu. Mas não sou. Sou o oposto disso. Sou o tipo de pessoa que olha para o futuro que a aguarda e sente puro desespero, por estar indo em uma direção indesejada, mas que não sabe mudar de trilhos.

    Meu Zeus, o que eu estou falando? Tudo isso simplesmente pra dizer obrigada, Isadora do passado, por ter começado esse blog e permitir que eu, Isadora do futuro, tivesse a chance de relembrar quem um dia eu fui e quem eu gostaria de ter sido.

    Quem sabe não volto a escrever sobre meus livros lidos por aqui... Não que eu tenha a audácia de pensar que alguém vá ler. Mas quero pensar que a Isadora do futuro-futuro vai estar tão agradecida quanto eu estou agora.

Comentários

  1. Isadora, bom momento

    É muito interessante a ideia de se manter registros sobre o passado. Apesar de bem jovem, já tomei iniciativas no sentido de escrever textos a serem lidos posteriormente. A reação ao retomar tais textos é muito gostosa. Nós somos feitos de carne, ossos e consciência. É a própria memória que toma grande parte desta última. Preservá-la é uma forma de descobrirmos quem nós fomos e somos.
    É natural sentir saudosismo do passado. A maneira amistosa com que você lembra de si mesma mostra que você gosta de si. Da mesma forma, falar consigo mesmo é normalíssimo (desde que outros não estejam por perto), porque sinaliza que é boa companhia.
    Pondo uma visão pessoal nesse comentário: a vida É simples, nós é que a complicamos. Não se sinta desesperada quanto ao futuro, procure encontrar algo que você goste e se prenda a isso. Há sempre chances de “mudar de trilhos”. Se você gosta de ler, leia. Sempre haverá o que ler e, se isto te faz bem, saiba que há uma quantidade ilimitada de bem-estar reservada para o futuro. O mesmo pode ser extrapolado para inúmeros outros exemplos.
    Sinta-se à vontade para escrever suas resenhas, nem que seja para registro próprio. De qualquer forma, não é nada audacioso imaginar que alguém irá consultá-las em algum momento. Eu mesmo o fiz: vi seu comentário sobre O Vermelho e O Negro e gostei muito.
    Por fim: não tenha uma visão obscura da vida, seja feliz.
    “A felicidade é como a gota
    de orvalho numa pétala de flor
    brilha tranquila
    depois de leve oscila
    e cai como uma lágrima de amor”
    Essa música diz bem sobre o que é a vida. No meio de tanta tristeza e turbulência, há sempre um pouco de felicidade.

    Abraços.

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